Archive for julho, 2011

Questão glútea

segunda-feira, julho 25th, 2011

Nem mesmo as duas ligações telefônicas atendidas simultaneamente foram suficientes para impedir-me o espanto e logo, a curiosidade. Dona Henrica havia marcado a consulta jurídica há dois dias, ligara na véspera e naquela manhã também, antes de dirigir-se ao escritório onde advogo. Havia uma extrema ansiedade em seu rosto quando a secretária, descumprindo uma ordem expressa de minha parte, enfiou-a subitamente sala adentro. Minha surpresa, entretanto, não residiu em sua expressão, mas na parte do corpo que separa as costas das pernas, ou seja, a região glútea. (mais…)

A incrível seringueira engolidora de casa

quinta-feira, julho 21st, 2011

Nas minhas andanças (andanças mesmo, a pé) pela zona rural da minha cidade de origem (Cafelândia - SP), deparei-me com esta incrível seringueira. Ela está num sítio próximo à casa onde nasci. Quando saí de lá, aos 6 anos de idade, era ainda uma árvore de proporções normais. Mas tornou-se um ser gigante engolidor de casa. (mais…)

Pois hoje eu vou lhe mostrar

quarta-feira, julho 20th, 2011

Não sei quais as dúvidas que você ainda tem a meu respeito. Mas hoje eu acabo com elas de uma vez. Porque sou aquele cara que não gosta de deixar dúvidas. Gosto de tudo muito explicado, senão a boca esquenta, você pode me compreender? (mais…)

Conversa na praça com um casal de namorados

quinta-feira, julho 14th, 2011

Faz tempo que eu estava planejando, mas não me chegava a coragem. Ontem, sei lá o que me deu, venci minha terrível timidez e falta de jeito para começar um papo, e fui matar minha curiosidade. Falei com o casalzinho de namorados que vejo de vez em quando na praça. Há outros que se sentam lá, mas esse me chamou a atenção porque tanto ele quanto ela me parecem realmente apaixonados. E é incrível como o amor, quando aparenta ser verdadeiro, atrai também quem não tem nada a ver com a história. No caso, eu. (mais…)

A morte ao sol do meio-dia

terça-feira, julho 12th, 2011

(“O sol poente”, obra de Tarsila do Amaral)

Os homens a atiraram ao chão. Houve um momento de silêncio, segundos de apreensão. Como podem seres humanos agir desse modo? Como se o caso fosse nada mais do que um simples ato do cotidiano? Não sabem os segredos que ela guarda? As alegrias que abrigou? As tristezas que escondeu? (mais…)

Um certo bilhete, 40 anos

sexta-feira, julho 8th, 2011

Recebi esta semana o seguinte e-mail:

“Márcio, boa noite.

“Nem sei por onde começar. E nem sei se vou acabar. Mas uma coisa aqui dentro fica me dizendo que eu preciso contar isso a alguém. Incrível, não? Mas nunca contei isso ao meu marido nem aos meus filhos. Não sei o que é, mas te falo desde já que não sei se um dia contarei. (mais…)

Comentário que fiz na TV TEM sobre lei para pequenos delitos

terça-feira, julho 5th, 2011

SE FALTAVA OFICIALIZAR A INCOMPETÊNCIA DOS NOSSOS POLÍTICOS, TAÍ O ATESTADO!// ALIÁS, NÃO APENAS DE INCOMPETÊNCIA, MAS TAMBÉM DE INCONSEQUÊNCIA E DE IRRESPONSABILIDADE.//AO INVÉS DE CRIAR MECANISMOS PARA MELHORAR O INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO E NA MELHORIA DO PRÓPRIO SISTEMA PENITENCIÁRIO, OS HOMENS NOS QUAIS CONFIAMOS A CAPACIDADE DE FAZER LEIS PARA MELHORAR O PAÍS SIMPLESMENTE TOMAM UM ATALHO RIDÍCULO PARA RESOLVER – ATÉ PARECE! – A SUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS.//E EXATAMENTE NUMA ÉPOCA EM QUE TODOS COBRAM A IMPLANTAÇÃO DE LEIS MAIS RIGOROSAS QUE NOS DEEM SEGURANÇA E NÃO PERMITAM A VERDADEIRA PALHAÇADA QUE OCORRE HOJE, QUANDO CRIMINOSOS SÃO CONDENADOS E NO OUTRO DIA ESTÃO DANDO UMA BANANA NA NOSSA CARA.// MAS NÃO É SÓ ISSO.//HÁ AINDA A BRECHA ESTÚPIDA QUE ACABA DE SER ABERTA: QUE É SIMPLESMENTE O INCENTIVO À CRIMINALIDADE.// DÁ PRA IMAGINAR O QUE VEM POR AÍ.// MAS, NO FUNDO, COMO PODEMOS COBRAR ALGO SÉRIO DESSA GENTE QUE FAZ AS LEIS?// SE EXATAMENTE NESSE UNIVERSO, O DA POLÍTICA, EXISTEM TANTOS FORAS DA LEI?//

Vou dizer tudo a você!

sexta-feira, julho 1st, 2011

Hoje eu vou dizer tudo a você. Todas as coisas que me fazem perder o sono, me distrair ao volante, divagar enquanto tento concentrar-me no trabalho. Vou pegar o telefone, discar seu número e despejar meus segredos, minhas frustrações, meus sofrimentos. Minha saudade. (mais…)