Archive for março, 2014

Uma velha Kombi azul

sexta-feira, março 28th, 2014
A velha Kombi azul em foto em preto e branco de data incerta, entre fim da década de 1960 e começo da de 1970, com vários moleques, entre os quais eu (o segundo da esquerda para a direita)

A velha Kombi azul em foto em preto e branco de data incerta, entre fim da década de 1960 e começo da de 1970, com vários moleques, entre os quais eu (o segundo da esquerda para a direita)

No meio da década de 1960, meu avô, um sitiante que morava na zona rural ao lado da mulher, filhos, netos etc, comprou uma Kombi. Azul claro. Calotas brancas. Bancos cuidadosamente revestidos por umas capas de um tecido macio como o de certos tapetes. Cortininhas azuis escuras em cada uma das janelas. Na época, foi uma grande novidade. Imagine então para as crianças. (mais…)

O chiqueirinho do elo perdido

sexta-feira, março 28th, 2014

A discussão na Assembleia Legislativa sobre a criação de vagões exclusivos para mulheres no Metrô é quase inacreditável. Parece roteiro de um desses programas de humor que exageram nos temas desprezíveis e em suas caricaturas exatamente com o objetivo de chamar atenção para o absurdo que representam. (mais…)

De responsabilidade e colhões

quarta-feira, março 26th, 2014

Quantas vezes já ouvimos alguém bradar “quero ver se ele tem coragem de dizer isso na minha cara”? Esse tipo de frase e seus afins são comuns quando as pessoas se sentem ofendidas por palavras ditas longe de sua presença. (mais…)

O que restou

terça-feira, março 25th, 2014

Outro dia, fomos passear pela zona rural de Cafelândia, em direção ao Tietê, fronteira com Novo Horizonte. Cafelândia é um município extenso. Deve ter em torno de sessenta quilômetros entre as extremidades mais distantes. Tínhamos a ideia de visitar umas matas que até poucas décadas atrás abrigavam animais de porte. Onça, veado-galheiro etc. Quem sabe, por acaso, um desses bichos aparecesse em nosso caminho… (mais…)

A farra da casa grande

quinta-feira, março 20th, 2014

Não sei se foi Balzac, mas disseram uma vez esta frase que se perpetuou (algo assim): toda grande fortuna esconde um grande crime. Talvez ficasse melhor assim: toda fortuna esconde um crime. (mais…)

Meu comentário de hoje na TV TEM

quarta-feira, março 19th, 2014

Para ver a reportagem e o comentário sobre o descaso com a saúde pública, clique aqui

O fôlego do vovô

quinta-feira, março 13th, 2014

Pesquisa inédita feita pelo Ibope põe o jornal impresso como o meio de comunicação no qual os brasileiros mais confiam. O velhinho, o vovô da notícia, fica à frente do rádio e da televisão! (mais…)

Infância trágica, um amigo, uma irmã…

sábado, março 8th, 2014

Ver o filme francês “Polissia” é, ao invés de “obrigatório” (termo que não gosto porque me parece pedante), uma “obrigação” nos dias atuais, quando a exposição dos absurdos cometidos contra crianças (quase sempre dentro do próprio núcleo familiar) é terrivelmente chocante e, mais do que terrivelmente chocante, é um chamado a qualquer pessoa que não se conforma com as feridas abertas da humanidade. (mais…)

A sala dos sonhos

sexta-feira, março 7th, 2014

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Meus sonhos são impressionantes.

Esta noite sonhei, em seguida, que (1º) meu pai, já bastante velho e doente, havia recuperado a saúde repentinamente e estava brigando com minha mãe para ficar com um homem, e (2º) eu estava tão próximo de uma garota por quem fui apaixonado que tentei beijá-la, mas não pudemos concluir a operação porque nossas bocas estavam cheias de poeira, os dentes rangiam com aquelas partículas de areia.

Estes e outros sonhos estavam caindo à mesa, contados por cinco ou seis pessoas. (mais…)

Um fiapo de sangue escorre na solidão da noite

quinta-feira, março 6th, 2014

Atrás do balcão, o dono do pequeno café sente uma certa tensão ao observar o cliente da mesa cinco. Está sentado ereto, como alguém treinado a manter-se em posição adequada para preservar a coluna, a cabeça levemente voltada à esquerda, para a rua, onde uma chuva leve faz os poucos pedestres se protegerem sob os toldos. Tem meia idade, no máximo cinquenta anos. Um sobretudo cáqui incha-o além da conta. Os óculos às vezes embaçam, mas ele não os tira. O estabelecimento já se encontra vazio a esta altura. Passa um pouco das onze da noite. (mais…)