Archive for novembro, 2008

DNA de consumidor

quarta-feira, novembro 26th, 2008

Cada vez tenho mais certeza de que um código de barra aparece na testa dos cidadãos brasileiros no momento em que eles se encontram na posição de consumidores. Não importa se é um empresário bem-sucedido, uma cozinheira de mão cheia, um pai admirado pelos filhos ou uma compositora de talento, todos reconhecidos em seu meio. (mais…)

Desperdício humano

terça-feira, novembro 18th, 2008

Já falei sobre isso em outra crônica, mas volto ao assunto, ainda lamentando o desperdício de crianças e adolescentes sem eira nem beira, desaproveitados e desconhecendo seus próprios talentos que não aqueles dirigidos a delitos. Hoje me refiro especificamente aos que são jogados em instituições cuja finalidade é "formular e implantar programas de atendimento a menores em situação irregular, prevenindo-lhes a marginalização e oferecendo-lhes oportunidades de promoção social" (Lei Estadual 1.534 de 27/11/1967), mas que na sua maioria não passam de um depósito de seres humanos. Nestes, os internos passam grande parte de seu tempo planejando a fuga ou especulando sobre como vão se dar bem quando fizerem 18 anos e se reintegrarem à bandidagem. (mais…)

Amigo invisível – Texto de Otávio Nunes

sexta-feira, novembro 7th, 2008

Amigo invisível na infância todos têm. É comum no mundo dos pequenos. Mas conforme o tempo avança, e infelizmente toma contato com o mundo adulto, o infante esquece aquele amiguinho que um dia lhe fez companhia. Eu também passei por isso, é claro. Só que nos últimos anos, no adentrar da idade, reatei amizade com aquele ser que me acompanhou na meninice. Em outras palavras mais simples, sem bordar o texto: dei para falar sozinho. (mais…)

Campo de batalha

sexta-feira, novembro 7th, 2008

As épocas sempre são sangrentas. Nos campos de batalhas ou nas ruas, as pessoas morrem sem poder evitar. Pode parecer paradoxal, mas faz parte da vida. Não se costuma dizer “é a vida” quando uma morte é lamentada? Essa história de violência, na verdade, já me traz um ar de incerteza quanto à possibilidade de seu esvaziamento. Os mecanismos de combate à violência esgotam-se, um atrás do outro, diante da fortaleza que se ergue em torno de seu núcleo sangüinário. As hostes da paz debelam-se perdidas em meio a um tempo turbulento, o tempo de sempre. (mais…)