Archive for dezembro, 2008

Estava escrito

sexta-feira, dezembro 19th, 2008

Quatro reis magos foram avisados que uma criança muito especial havia nascido em Belém, num local de difícil acesso. Cada um a seu jeito se preparou para a longa viagem, e três providenciaram presentes para levar ao recém-nascido. (mais…)

Repentinamente

quinta-feira, dezembro 18th, 2008

REPENTINAMENTE

Vivemos em campos minados, onde tudo pode acontecer. Podemos seguir adiante ou ficarmos dilacerados. Estou em paz, sinto-me uma piscina azul transbordando. Sinto a brisa pela gradeada do quarto, por enquanto, tudo está calmo. Vou ter uma boa noite de sono... ou não. Tudo é fluxo, o infinito é um conjunto de finitos. (mais…)

Prisioneiros do Brasil

terça-feira, dezembro 16th, 2008

Quando as toucas cobriam a cabeça, era só o frio, o doce frio dos trópicos, constrangido e pedindo licença para agir em campos tão febris.

As armas, mesmo sob seu estigma de insensatez, resvalavam na pureza contestada de uma caça em noites de luar.

A morte, como sempre triste, deixava o sangue aos poucos aplacar, dentro de suas veias velhas amigas, a quentura da vida. (mais…)

Formas e Aleluia, aleluia

sexta-feira, dezembro 12th, 2008

FORMAS

– É tão triste ver uma flor morta, que prefiro a de plástico.

– Sou muito mais a beleza da fugacidade do que a eternidade de um objeto descartável. A natureza é uma artista perfeita.

– Mas acho tão bonitos esses arranjos feitos de plástico reciclado. Quem retira uma coisa do lixo e faz arte é um artista. (mais…)

Espaço vital – Texto de Otávio Nunes

sábado, dezembro 6th, 2008

O sonho do repórter Hélbon Dellide era se transferir para a editoria de política da revista Taturana, a maior semanal do país. Dedicado e sagaz, havia concluído recentemente sua pós-graduação em Jornalismo Político, defendendo uma tese bastante complexa, que deixou a bancada de professores em papos-de-aranha, sobre a relação (a seu ver, promíscua) entre emissoras de televisão e institutos de pesquisa de intenção de votos. Foi um furor. Só não virou livro porque ele não quis. “Pesquisei pelo bem da sociedade, não por dinheiro”, respondeu a duas editoras. (mais…)

Tecendo a rede de afetos

sexta-feira, dezembro 5th, 2008

Dizem que o que acontece pela internet não parece real. Que o relacionamento afetivo virtual é artificial e quase sempre perigoso. Há quem critique a troca de e-mails entre amigos e conhecidos, muitas vezes morando a milhas de distância uns dos outros, alegando que o insubstituível calor humano ao vivo sempre foi e continua sendo o melhor e o mais autêntico carinho. Quanto a isso não tenho dúvida, mas não custa pensar nos dois lados dessa moeda tão injustiçada. (mais…)