Archive for junho, 2005

Napoleão – Texto de Otávio Nunes

segunda-feira, junho 27th, 2005

O marido entrou em casa e escutou o reclamo da mulher. “Até que enfim você chegou. Estava com medo de ficar sozinha com nosso filho pequeno.” Ele desabou o corpo no sofá e perguntou. “O que aconteceu, querida?” Nervosa e gesticulando, ela contou que a casa do vizinho da esquina tinha sido roubada por dois ladrões, que levaram eletrodomésticos, dinheiro e jóias. (mais…)

Quarteto fantástico – Texto de João Pedro Feza

quinta-feira, junho 23rd, 2005

Não o filme, recente superprodução. De repente, quis falar de Beatles…

A longa e sinuosa estrada…
O que os Beatles começaram a criar há mais de 40 anos ainda mantém um vivo frescor de atualidade. Talvez seja esse o segredo da beatlemania ao redor do mundo. Mas não gosto do “ôba-ôba” verborrágico em torno dos “fab-four”. Foram grandes - mas podem ser superados um dia. Isso ainda não aconteceu. (mais…)

Bicho ensinado

quinta-feira, junho 23rd, 2005

O cavalinho avermelhado de crina longa não passou um dia sequer de sua vida miserável sem que deixassem de arrancar-lhe o couro – aqueles da beira estrada, no meio do Morro Alto. Puseram-lhe sobre o lombo toda a sorte de tralhas, de gentes e de mercadorias. (mais…)

Relação com a morte

quinta-feira, junho 16th, 2005

Um provedor de internet, se não me engano o UOL, fez um anúncio por estes dias para divulgar seu serviço de e-mail e lançou mão de um velho e eficiente recurso, que dificilmente deixa de chamar a atenção das pessoas: a piada que usa a morte. O rapaz chega todo brincalhão a um certo lugar e, não tendo recebido a tempo uma mensagem eletrônica, desconhece que ali há o velório de alguém. Ao perceber o fora, ele fica encabulado, e os demais, constrangidos. (mais…)

PERDEU!

terça-feira, junho 14th, 2005

Quase não se percebe sua aproximação. O centroavante surge do nada, confunde o passante como um Garrincha do asfalto, arranca-lhe a pasta e sai correndo. Às vezes são dois zagueiros: enquanto um agarra o incauto, o outro tira-lhe o relógio e puxa-lhe a carteira do bolso traseiro da calça, ao som do grito de guerra – Perdeu!. E somem na multidão, num trabalho perfeito de equipe. (mais…)

Proseando contra a maré – Texto de João Pedro Feza

quinta-feira, junho 2nd, 2005

Que uma parte da classe política sempre foi econômica em bons exemplos, não é novidade. Só não precisava exagerar. Por volta dos oito anos, ouvi que “político é tudo safado”. Discordo. Generalizações têm inspiração nazista, o que pressupõe a condecoração moral de poucos apadrinhados e o apedrejamento da maioria “impura”. Ocorre que quando um (apenas um) parlamentar entende que a tal coisa pública é de ninguém (quando, na verdade, é pública porque é de qualquer cidadão), então voltamos à estaca zero no quesito moralidade. Já no quesito alegoria... (mais…)