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Ano-novo

sábado, janeiro 10th, 2009

Sempre quando me deparo com o ano-novo, penso no desconhecido; como me deparasse com uma esfinge. Antes, queria prever os acontecimentos e não deixá-lo devorar-me, agora, resolvi que tomarei uma atitude diferente: viverei sem me preocupar; seguirei o meu destino. Porém, mesmo que nos cruzemos por aí, irei encará-lo de frente sem ressalvas e o cumprimentarei como se tivesse conhecido alguém pela primeira vez.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

Tropeços

segunda-feira, janeiro 5th, 2009

TROPEÇOS

A cada tropeço um pensamento vai embora. O pé ao encontro de uma pedra, lá vai outro pensamento fugindo para outras bandas. Quando chega a noite e vai dormir, os pensamentos retornam cansados de tanto correr por aí, precisam descansar também. Então ele os deita em papel para que não escapem mais. (mais…)

Repentinamente

quinta-feira, dezembro 18th, 2008

REPENTINAMENTE

Vivemos em campos minados, onde tudo pode acontecer. Podemos seguir adiante ou ficarmos dilacerados. Estou em paz, sinto-me uma piscina azul transbordando. Sinto a brisa pela gradeada do quarto, por enquanto, tudo está calmo. Vou ter uma boa noite de sono... ou não. Tudo é fluxo, o infinito é um conjunto de finitos. (mais…)

Formas e Aleluia, aleluia

sexta-feira, dezembro 12th, 2008

FORMAS

– É tão triste ver uma flor morta, que prefiro a de plástico.

– Sou muito mais a beleza da fugacidade do que a eternidade de um objeto descartável. A natureza é uma artista perfeita.

– Mas acho tão bonitos esses arranjos feitos de plástico reciclado. Quem retira uma coisa do lixo e faz arte é um artista. (mais…)

Para sempre amigos

terça-feira, setembro 9th, 2008

Na janela ampla da sala de aula via uma árvore seca; dançava e me convidava, eu não podia; tinha uma aula importante, mas continuava observando-a. Escrevi até um conto inspirado nela:

...não quero saber de sua verdade não arrote sua soberba em cima de mim vou embora pego a estrada não quero ouvir vejo a montanha ela me chama não agüento ficar aqui me sinto enclausurado encontre outro aluno tomei ojeriza do que quer me ensinar desejo sentir novamente a água gelada da cachoeira observar a dança do vento com a vegetação da floresta a música que embala é o barulho da cachoeira quero reencontrar Sofia andar de bicicleta comer uma torta gostosa num café cale a boca não quero saber de sua verdade seu nariz empinado me inspira idéias assassinas vou embora vejo a montanha sempre tive curiosidade de escalá-la será que encontrarei duendes e fadas? (mais…)

Autismo

segunda-feira, agosto 25th, 2008

Depois que o menino aprendeu a ler, começou a achar tudo sem graça. Preferia, mil vezes, folhear os livros e imaginar suas próprias histórias.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

Contraste

segunda-feira, julho 14th, 2008

Sonhou com uma concha e acordou em alto-mar.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

Os mentirosos

quarta-feira, julho 9th, 2008

Ele forjava cartas de amor para a prima moribunda e ela fingia não saber de nada. A única verdade era a cumplicidade inconsciente que havia entre eles.

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Amigo fiel – Texto de Dudu Oliva

quarta-feira, junho 18th, 2008

Passei uma temporada no mar de palavras e vivi orgias com sereias-letras. Agora, matarei a saudade que sinto de você, escrevendo em suas folhas.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

Solitários – Texto de Dudu Oliva

quarta-feira, maio 14th, 2008

I

Tirou do dedo o diamante solitário. Lançado pela janela, ele ficou saltitando pelas ruas...

II

Sozinho em seu apartamento pega um revólver e dá vários tiros em um solitário, que dançava pela rua em plena madrugada.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br