É isso!

A torcida brasileira (como diria o maior locutor esportivo que o Brasil já teve – Fiori Gigliotti) quer isso. Nada mais. Quer ver a seleção jogando futebol, com toque, com classe, com raça. A vitória do Brasil por 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, a despeito de toda a meleca da arbitragem, foi o melhor jogo da Copa até aqui. E mostrou, enfim, que nossa seleção é – agora no campo e não apenas na fama – um sério candidato ao título.

Caso a caso:

Árbitro – Uma piada. A passividade diante das entradas criminosas dos jogadores africanos foi de irritar. A expulsão de Kaká, um erro grave. Mas o gol que ele não anulou do Luís Fabiano compensou um pouco tudo isso. Invalidar um gol épico como aquele seria também um crime. E outra: lá na França, gol de mão é normal (ahahahahahahaha).

Kaká – Mostrou que pode conduzir o Brasil ao título. A diferença em relação ao Kaká da estreia foi uma grandeza. Chamou o jogo, esteve a fim. Só isso já faz dele a peça mais importante da seleção.

Lúcio – O melhor jogador em campo. Seguro no bote, inteligente na marcação e firme no chamado mano a mano.

Luís Fabiano – O artilheiro que ressurge na hora certa. Na hora em que o Brasil mais precisava. O cara que fez a diferença do jogo e da Copa - imagine só o que vão falar do golaço que ele fez com a ajuda do braço. Copa sem polêmica não tem graça.

Dunga – Bobeou ao deixar o Kaká em campo. Está certo que o Kaká não fez absolutamente nada para ser expulso, mas as coisas pareciam se encaminhar para o fatídico desfecho desde a metade do segundo tempo.

Costa do Marfim - Que decepção! Que cavalaria! Que violência!

Galvão Bueno – Mandam o cara calar a boca. Pegam no pé dele. Mas ele é um dos maiores entendidos de futebol – e da maioria dos demais esportes. Ele sabe, conhece e – o principal – sente o que pode rolar, tem a percepção do evento que transmite. Muito antes de o Kaká tomar ainda o cartão amarelo, ele já havia dito que estava com medo de que nosso cracaço levasse o vermelho.

Luciano do Valle – Narrou o gol do Luís Fabiano como ninguém. O velho locutor que às vezes parece estar ultrapassado ainda mostra vigor na hora em que o futebol provoca grandes emoções.

E, para finalizar, já pensou Brasil x Espanha já nas oitavas? Não faço parte do time daqueles que ficam torcendo para pegar mosca morta no mata-mata. Pô, quem gosta de futebol e espera quatro anos pela Copa, não pode querer joguinho. Tem que querer jogão.

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