A traição e o Cristo Redentor

Tá a maior revolta na Arquidiocese do Rio por causa do anúncio do site Ohhtel.com, dirigido a quem quer ter relações extraconjugais. Motivo: a utilização da imagem do Cristo Redentor no outdoor. A mensagem diz: “Tenha um caso agora! Arrependa-se depois”. É até engraçado, mas a utilização do símbolo de uma religião milenar numa peça publicitária desse tipo é inadequada sim.

A representante do site já se posicionou etc e tal. Falou inclusive em retratação. Mas fica muito claro que a intenção de utilizar o chamado marketing espontâneo foi o que moveu o tal anúncio. Foi pura forçação de barra. Qual a justificativa para incluir a imagem do Cristo Redentor na peça? Claro, mil justificativas podem ser criadas. Mas nenhuma me convencerá, a não ser a do marketing espontâneo.

Esse tipo de publicidade é uma das grandes sacadas do marketing atual. Uma das grandes tendências também. As empresas cobram isso de suas agências, dos profissionais pagos para divulgá-las. Estão certas, aliás. É o tipo de propaganda que sai de graça. O problema é que muitas vezes, e isso é natural também num processo de experimentação, os profissionais acabam se excedendo na hora de criar suas peças. Acho que é o caso da utilização do Cristo pelo site que promove a traição.

E o que eu acho engraçado nessa história é que, exagerando ou não, os marqueteiros sem dúvida obtiveram êxito. Devem estar festejando agora. E mais engraçado ainda é que muitos católicos de carteirinha devem estar se coçando de curiosidade para dar uma espiadinha no tal site. Claro, se já não estiverem nele, online.

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