Jornalismo moderno


Na contracapa da edição de “Dez dias que abalaram o mundo” da Penguin Companhia (em associação com a Companhia das Letras) está escrito “…a obra que inaugura a grande reportagem do jornalismo moderno”. O livro, obra-prima de John Reed, foi-me enviado por um dos jornalistas mais brilhantes e inspiradores que conheço: Matinas Suzuki Jr.

Escreve o Matinas no cartão que acompanha o livro: “aí vai um clássico dos clássicos da grande reportagem”. Estudioso do assunto, profundo conhecedor do tema, Matinas me presenteia com um livro que deveria ser lido por todos aqueles que gostam de jornalismo ou querem fazer algo no jornalismo.

“Dez dias...” é um extraordinário relato, em grande parte testemunhal, do jornalista norte-americano John Reed sobre a Revolução Russa, no início do século passado. A introdução é do historiador inglês A.J.P. Taylor, para quem o livro “é não só o melhor relato sobre a Revolução Bolchevique, como talvez seja o melhor relato sobre qualquer revolução”. A (parece-me) ótima tradução é do escritor, tradutor e jornalista Bernardo Ajzenberg.

Aos estudantes de jornalismo, que hoje pouco leem, e aos próprios jornalistas, fica a dica de uma ótima leitura para compreender não apenas questões políticas daquele turbulento começo de século 20 na Europa, e mais especificamente na Rússia, mas também para entender os primórdios do que hoje chamamos de grande reportagem.

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