Consciência política

Imagem de divulgação do filme “Três homens em conflito” (1966)

Ah, a consciência política…
O que é essa tal consciência política que precisamos acordar em nossos cérebros? Sociólogos e cientistas políticos cairiam de boca nesse assunto suculento. Para eles, claro. O fato é que não sei mais se o que precisamos é consciência política ou homens íntegros.

Fico me perguntando: de que adianta ter consciência política num mundo devastado pela falta de ética e de credibilidade? Sei que é um ciclo: onde não há consciência política, a devastação é maior, e essa devastação alimenta a falta de consciência política. Mas, no fim das contas, se vemos a consciência política extraviada mesmo entre os bem formados e informados, como será possível frear a devastação?

Principalmente agora, em época eleitoral, os políticos estão aí com as bocas arreganhadas. Tem de tudo: da baixaria à dita seriedade. Há, num conceito bastante simplório, o time de políticos que nós, bem informados, consideramos aceitáveis e o time que achamos imprestável.

Mas o que isso significa em termos concretos? Qual a garantia de que o sujeito menos pior (não, não vou falar de “melhor” aqui porque não acredito nisso em política) não frustrará nossas poucas expectativas (sim, porque em política não há, faz tempo, grandes expectativas)?

Quem pode ser considerado bom ou mau nesta nossa vida política? Quem pode ser capaz ou incapaz? Quem pode ser melhor ou pior?

Os próprios políticos construíram esse dilema. E vão levar ainda muito tempo para nos livrarem dele. Se é que algum dia nos livrarão.

Enquanto você pensa no assunto, recomendo um filmaço: “Três homens em conflito” (com Clint Eastwood e direção de Sergio Leone). Aqui, no enunciado, é tudo muito explícito: há o bom, o mau e o feio. Mas às vezes...

Veja a espetacular cena do duelo final do filme:

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