Vivendo e (não) aprendendo a jogar

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Estou aprendendo a andar de metrô em São Paulo.

Já sei que, ao subir a escada rolante, devo ficar à direita, permitindo assim a passagem pela esquerda de quem está com pressa. Minha filha me ensinou na semana passada. Aliás, deixar se conduzir, preguiçosamente, por alguém (no meu caso, pela minha filha) tem seu preço. Paguei hoje. Vergonhosamente, não sabia onde enfiar o bilhete na catraca. Sorte que bem atrás vinha uma moça simpática e me mostrou (claro, deve ter pensado Que babaca ou algo assim).

Numa das paradas, entra uma senhora com duas sacolas nas mãos. Não era idosa, mas tinha duas sacolas nas mãos. Quando se aproximou do banco, percebeu que alguém disputava o lugar com ela: um rapaz jovem, que me pareceu bastante satisfeito ao ter vencido a disputa pelo lugar.

Ao lado dele, um senhor, este sim já idoso, um homenzinho baixo, bigode branco, levantou-se e deu lugar à mulher com duas sacolas nas mãos. Já em pé, bem ao meu lado, ele não conseguiu alcançar aquela alça pendurada pra gente se segurar e, acho que involuntariamente, segurou no meu braço quando o trem arrancou. Depois, tentou novamente alcançar o troço lá no alto, mas de novo não conseguiu. Pode se segurar em mim, eu disse a ele.

Enquanto isso – o rapaz que disputou o lugar com a mulher que carregava duas sacolas ainda instalado tranquilamente em seu aconchegante assento – chegou minha estação. Outra pessoa à minha frente se levantou e o velho teve onde sentar. Ouvi um Obrigado, moço às minhas costas, e saí com o pensamento ziguezagueando, sem saber direito em que estação do cérebro parar. Numa zona de crédito ao ser humano? Numa zona de desconfiança? Desesperança?

Ao sair à rua, tentei respirar um ar novo que pudesse me ajudar a abstrair a cena do metrô, mas antes de puxar o fôlego uma mulher sentada, com uma criancinha dormindo apoiada em sua perna, me pediu um trocado. Mas quanto? Um real? Dois? Dez? O que pode aplacar a miséria do mundo? O que pode aplacar esta angústia aqui dentro?

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