De repente – Texto de Dudu Oliva

DE REPENTE

Através da janela protegida por uma grade e com vidros revestidos de insufilme vejo os pombos voando para lá e para cá; o vento balança os fios dos postes e as folhas das árvores. Um passarinho se equilibra num destes fios ao lado da carcaça de uma pipa. As construções cada vez mais altas não permitem observar o morro, onde antigamente a primeira coisa que eu mirava era o verde intenso.

NASCER DO SOL

O guerreiro com a espada olha as montanhas, sente uma pontada de esperança. Uma dona-de-casa com a louça olha as montanhas, sente uma pontada de esperança. Um padre com o crucifixo olha as montanhas, sente uma pontada de esperança. Uma criança com o ursinho de pelúcia olha as montanhas, sente uma pontada de esperança. Uma cena, quatro momentos e o mesmo sentimento.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

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