Rachaduras – Texto de Reinaldo Chaves

Parte 1

Na viagem de volta Heitor percebeu que havia esquecido suas chaves. Ele estava na estrada já, dentro de um ônibus, não havia como voltar para pegá-las. Apesar de ficar irritado com o esquecimento a melhor opção que ele percebeu foi relaxar, já estava suficientemente cansado com a estrada péssima e seu assento apertado. Por morar sozinho algum chaveiro cuidaria de abrir sua casa ou ele dormiria na casa de algum conhecido por aquela noite.

Já se iam quatro meses fora do país, mas o ânimo de voltar para casa não era muito grande. As mesmas pessoas, casas, prédios e notícias, ele apostava que ainda estariam lá e que daqui a 20 anos também. Ele sentia frustração por permanecer no lugar onde nasceu e cresceu, opinião compartilhada por todos que conhecia. Barro Roxo era tida como cidade provinciana, só suas antigas famílias ricas conseguiam prosperar lá. Ele via que seu futuro era seguir o pai, comerciante há mais de 30 anos, e agüentar fregueses bêbados no velho bar da família.

Foi justamente quando pensava sobre a inércia da cidade para onde retornava que Heitor sentiu seu banco tremer. Estava anoitecendo, todos os passageiros acordados notaram também. O comentário foi que um ônibus velho como aquele costumava tremer mesmo e que era bom rezar
para ele não quebrar no meio do caminho. Quando começaram a rir do susto passado foi possível perceber que todo o chão lá fora começara a tremer muito, o que fez o carro derrapar e sair da pista.

Nesse trecho só existia um matagal e nele alguns buracos, por isso o ônibus não bateu nem tombou. Os pequenos choques e solavancos também não machucaram ninguém seriamente, só se viam cortes superficiais e algum sangue. Mas foi o suficiente para muitos passageiros começarem a chorar e gritar. O motorista se borrou, ficou tremendo e dizia que nunca tinha passado por nada parecido.

Heitor com outras pessoas foi para fora fumar até entender o que havia acontecido. Causou espanto a todos também os celulares não funcionarem mesmo não sendo um lugar tão afastado assim. Próximo dali um Passat amarelo e enferrujado também havia derrapado e pela fumaça parecia não ter tido a mesma sorte. Dois homens correram para ajudar, mas já era tarde, quem estivesse lá morreu carbonizado.

Em momentos de crise e choque como esse só há duas opções: tirar a dor da mente e tentar resolver as prioridades ou deixar se tomar pelo desespero e esperar as coisas piorarem. Heitor era do segundo tipo, apesar de não chorar ele não conseguia pensar em nada mais. Só fumava. A maioria das pessoas do ônibus estava nessa situação, apenas um grupo procurava resolver as urgências.

Duas freiras davam assistência aos feridos, os homens que tentaram ajudar o carro queimado agora procuravam saber se o ônibus ainda funcionava e uma moça da companhia telefônica que tinha na bagagem um telefone via satélite começava a fazer ligações.

Nenhum número de Barro Roxo atendia e só foi possível entrar em contato com uma cidade distante 200 quilômetros dali. As notícias que chegaram eram péssimas: um terremoto causara todos aqueles problemas e havia atingido várias cidades da região. Não era possível saber mais nada naquele momento.

Todos que retornavam para a casa, que iam ver suas esposas e maridos,
filhos, pais e amigos ou mesmo só estavam indo trabalhar, pensaram no pior. As pessoas que ainda tinham um pouco de calma começaram a perceber que estavam vivas apenas porque a derrapagem foi num trecho
plano e sem prédios na hora do tremor. Numa cidade os estragos só poderiam ter sido graves.

Em meio ao choro, agora quase geral, o ônibus foi consertado. O motorista ainda permanecia abalado e não tinha condições de dirigir, alguém teria que tomar seu lugar. Partiu, no entanto, da moça do telefone a opinião de esperar por ajuda lá mesmo. Ela defendia que novos tremores poderiam acontecer no resto da viagem e que a cidade talvez estivesse em chamas, ou seja, eles só iriam atrapalhar ou morrer na tragédia que ainda não devia ter terminado.

A maioria daquelas pessoas desesperadas preferiram não ouvir a razão. Heitor e outros apáticos até então acordaram para responder rispidamente à moça. Ela que ficasse sozinha na estrada caso não quisesse ajudar, diziam aos gritos. Heitor ansiava agora ver a cidade que odiava fazia poucos minutos. Não era bem essa mudança que ele queria para sua vida, mas sem dúvida nada seria como antes. Todos os passageiros embarcaram e continuaram viagem.

Parte 2

Não era possível o ônibus entrar na cidade. Havia mais e mais rachaduras no asfalto à medida que ele ia se aproximando. A solução foi parar e fazer o resto do caminho a pé. Ao longe, já no escuro, a cidade estava nas trevas, apenas iluminada por focos de incêndio. As colunas de fumaça, perceptíveis pela luz das chamas, tinham dezenas de metros até se juntar à escuridão do céu noturno e desaparecerem.

O ímpeto de muitos morreu com essa cena de tragédia. Era desesperador
pensar que havia pessoas morrendo logo ali perto, mas no ônibus havia muitos velhos e algumas crianças. No final das contas, apenas Heitor e mais cinco resolveram manter a coragem e caminhar até o desastre.

Entre os seis estava Ivana, a moça da companhia telefônica. Sua mudança de atitude, ela que era totalmente contra ir até a cidade, aconteceu sob pressão. O grupo considerou muito útil seu telefone para pedir ajuda nos escombros caso algo desse errado. Porém, ela não queria emprestar de jeito nenhum, com medo de quebrarem e ela ter que pagar pelo aparelho.

O que parecia ser mesquinharia e avareza para todos para ela era só precaução. Ivana era a filha mais velha de três irmãos e foi educada pela mãe para ser o homem da casa, já que seu pai havia desaparecido. Responsabilidade em excesso e atitudes metódicas faziam parte de sua
personalidade desde a infância. Seguir padrões era sua rotina, mesmo tendo só 23 anos. Por isso ela resolveu ir junto com o grupo e não se separar de seu instrumento de trabalho.

Com apenas a única lanterna que havia no ônibus a caminhada até a cidade levou uma hora. Era preciso estar sempre atento ao chão. Buracos e fendas deixavam o terreno mimado. O primeiro habitante da cidade avistado foi um cachorro. Seu focinho sangrava e a pata dianteira esquerda estava partida. O bicho gemia. O comportamento de um vira-lata, ainda mais numa cidadezinha, geralmente é se aproximar dos estranhos e abanar o rabo. Esse, no entanto, continuou a andar sem
rumo no escuro.

Logo na entrada da cidade ficavam as casas mais velhas. Eram só escombros agora. Amontoados de paredes, tijolos, telhados, madeira, postes elétricos faiscando, canos estourados e fogo. Moradores nas calçadas gritavam nomes, choravam, corriam com água em bacias, carregavam crianças e amparavam os velhos. Havia o choque também, gente sentada no chão, sem chorar, mudas e tremendo mesmo com o calor.

Não faltavam opções para ajudar e o grupo de Heitor se dividiu sem perceber. Ele foi acudir uma mulher que carregava duas crianças no colo. Pegou as duas e acompanhou outras pessoas que iam até a praça central. Por ser larga e aberta era um dos lugares menos atingidos, apenas o antigo coreto havia desmoronado e só uma casa pegava fogo perto dali. Havia muitas crianças. Muitas chamavam pelas mães e pais e tinham que ser consoladas até eles aparecerem ou não.

Na praça havia alguns conhecidos de sua família e ele perguntou por seus pais. Ninguém sabia. O bar de seu pai havia desmoronado com vários fregueses dentro. A casa deles ficava logo atrás do estabelecimento e também não havia resistido aos tremores. Era triste, mas eram muitos locais com escombros para procurar sobreviventes, a polícia, os bombeiros e os voluntários priorizaram locais onde estavam crianças. Não havia mais gente para dar conta do resto. O que restou do bar jazia no escuro.

Sem pensar nos riscos Heitor correu para lá.

Parte 3

O quarteirão do bar estava na escuridão, não havia incêndios por perto para iluminar. Sua porta de ferro parecia uma folha de papel amassada na calçada sob um monte de tijolos. Na certa o pai de Heitor já estava fechando. Velho, ele fazia isso logo no início da noite. Só os antigos pinguços permaneciam ainda mais um tempo dentro tomando seus goles finais.

Ao chegar perto dos escombros Heitor gritou por seus pais e depois que não teve resposta chamou por alguém que pudesse estar vivo ali. Ele estava com medo de entrar naquele amontoado de destroços do tremor, sabia que podia pisar em alguém ou causar mais desmoronamentos.

Acendeu um cigarro e começou a chorar. Nunca imaginou que era possível fazer isso ao mesmo tempo. Usava o vício da nicotina e a associação do cigarro para esquecer os problemas, mas ali não era suficiente. Nem um pacote inteiro bastaria para atingir um estado de torpor naquela hora.

Quando tentava enxugar seus lábios molhados de lágrimas para continuar fumando uma mão tocou seu ombro. Era sua mãe, que já não enxergando direito pela idade e ainda naquela escuridão não o havia reconhecido. Ela tinha escutado alguém gritar de longe e foi procurar saber quem era. Com as vozes próximas ambos voltaram a enxergar no escuro e a mãe abraçou o filho para sentir o mesmo conforto que tinha quando abraçava seu pai ao se machucar quando era menina. Ela estava esgotada, perdida naquela tragédia, rezando para que alguém viesse lhe ajudar.

A terra tremeu quatro vezes na cidade, segundo a mãe contava, com intervalos pequenos entre os tremores. Ela voltava do mercado e trazia comida para o filho almoçar no dia seguinte em sua casa. Bisteca de porco e tomate para o molho do macarrão, tudo ficou pelo chão no segundo tremor, o mais forte que arrasou a cidade e a derrubou junto com a sacola de compras.

Sua primeira reação foi recolher os alimentos no chão, como um reflexo. Diferente do primeiro abalo, que a deixou só com uma leve tontura, esse, além da queda, tinha retirado dela a noção do que acontecia. O grande choque, mesmo de poucos segundos, foi suficiente para desorientá-la por completo. Apenas lentamente ela foi ouvindo gritos, seus olhos foram vendo a destruição ao redor e o nariz sentido cheiro de fumaça. Voltou a soltar tudo no chão, pensou no marido e teve medo.

O primeiro temor foi pela vida dele, que o bar pudesse ter desmoronado com ele dentro assim como as várias casas ao redor dela. O segundo pavor foi causado pelo terceiro tremor. Mesmo leve foi suficiente para deixá-la imóvel e sem reação. Seus sentidos estavam sobrecarregados, o mundo mudara de um instante para outro, ela simplesmente não conseguia raciocinar direito.

Suando muito e com tonturas fechou os olhos e gritou com toda a força que tinha. Quando perdeu o fôlego abriu os olhos e todo medo ainda estava lá, mas sabia que precisava encontrar o marido e teve a coragem
de dar o primeiro passo. No caminho ainda sentiu mais um tremor de terra, mas dessa vez conseguiu agüentar o tranco e continuou.

Ela contou a Heitor que encontrou seu pai saindo dos escombros. Ele estava sujo de poeira e usando o avental azul surrado de sempre. A velha ficou muito feliz em ver o velho andando, mas logo notou que sua roupa tinha mudado de cor na barriga, para violeta. Era sangue.

Andando com dificuldade ele foi amparado pela mulher e os dois foram
procurar um lugar seguro para sentar e decidir o que fazer. Foi escurecendo e o casal foi vendo outros sobreviventes da vizinhança
aparecendo. Todos estavam abalados e não sabiam bem como agir, muitos
também com ferimentos. Eles acharam melhor tentar caminhar até o centro da cidade, onde ficava o hospital, para ver se conseguiam ajuda. Só que nem todos podiam andar, como o pai de Heitor. Uma parte das pessoas então ficou para trás, esperando salvação.

Mãe e filho foram ver o pai ferido. Ele e outros sobreviventes estavam
sentados embaixo de uma árvore alta e antiga que resistiu ao terremoto. Consciente, o velho usava um pano na barriga para tentar estancar o sangue. Com dificuldade dizia que não doía muito e que não era nada sério. Era o machão de sempre, mas que acabou se derretendo depois. Contou que após o bar ter desabado e percebido que era um terremoto, rezou, implorou mesmo, para que o filho não tivesse chegado ainda na cidade e que nada de ruim lhe acontecesse onde quer que estivesse.

Isso era surpreende para Heitor, nunca vira seu pai falando em Deus ou
rezar na vida. Pelo contrário, ele até zombava da esposa carola que tinha. Essa fé repentina para salvar o filho deixou Heitor emocionado e os dois se abraçaram, outro fato raro também na vida do velho.

A reconciliação forçada pela dor, tanto com a cidade como com a sua
família, fizera Heitor esquecer por completo qualquer lembrança de suas frustrações. Ele havia falhado em buscar uma vida melhor em outro país, odiava ter que voltar para sua casa. Mas isso agora não tinha mais importância. Era estranho, mas sentia-se bem em estar ali naquele momento trágico, como se dividisse a dor dos outros.

Apenas o que era desesperador naquele abraço foi perceber que seu pai
estava muito ferido. O sangue ensopou a roupa de Heitor. Ao que parecia o corte não foi sério a ponto de matar rápido, mas se continuasse sangrando iria morrer mais cedo ou mais tarde. Ele tinha medo de carregar o pai até o hospital, ou o que sobrou dele, para procurar um médico e o velho não resistir. Como ninguém tinha retornado com ajuda decidiu sair correndo procurar.

O prédio do hospital não tinha resistido aos abalos, só algumas salas
escaparam. E o pior, não havia médicos suficientes para atender nem a
metade dos feridos graves. Heitor suplicou pela ajuda de algum deles, mas não era possível, todos estavam tentando salvar alguma vida. Só uma enfermeira se dispôs a tentar dar alguma assistência a seu pai.

Um curativo foi feito na barriga perfurada, mas ela disse que isso era só paliativo. Não havia mais analgésicos no hospital, então para esquecer a dor ele tomou uma das garrafas de pinga que sobraram no bar. Do mais ele precisava ser avaliado por um médico, tomar urgente algum antiinflamatório e ao que parecia até ser operado.

Ou seja, a ajuda de fora precisa vir, alguém do governo ou quem quer que fosse precisava vir urgente para Barro Roxo trazer remédios e médicos. A enfermeira disse que não sabia como pedir ajuda, nenhum telefone ainda funcionava. Heitor falou de Ivana e seu telefone por satélite, mas ninguém tinha visto ela no hospital ou na cidade segundo diziam. A maior esperança para salvar seu pai agora era encontrá-la.

Parte 4

Procurar por alguém numa cidade às escuras, com risco de desmoronamentos e fendas pelo chão era uma das tarefas mais difíceis que Heitor já fez na vida. Ele andava pelo o que sobrou das ruas, olhando com aflição os escombros e parando todas as pessoas que encontrava.

Ninguém tinha visto a moça forasteira com um telefone portátil. Ele começava a supor que ela tivesse morrido naquela tragédia, exatamente como ela mesmo tinha alertado. Veio o sentimento de remorso por tê-la forçado a vir junto com o grupo.

Já havia passado mais de meia hora, o ânimo estava desaparecendo e a esperança de achar Ivana estava sumindo. Foi aí que ela mesma chamou por Heitor. O chamado era na verdade um pedido de ajuda. Ela estava parcialmente soterrada por tijolos de uma parede, as duas pernas estavam presas. Chorando dizia que estava tentando salvar uma mulher quando a casa começou a cair.

A primeira coisa que ele fez foi perguntar pelo telefone de Ivana. Ela o mandou a merda e pediu por ajuda de novo. Caindo em si, Heitor começou a retirar com rapidez os tijolos. A perna direita era a mais machucada, com uma fratura. Era impossível ela andar.

Mais uma vez, agora pedindo desculpas antecipadamente, Heitor perguntou pelo telefone. Ivana disse que o aparelho devia estar no meio dos tijolos porque caiu de sua cintura quando ela tentava fugir. Imediatamente ele começou a vasculhar onde Ivana estava apontando e embaixo de tijolos e pedras realmente estava o telefone, todo amassado e com o visor de cristal líquido quebrado.

Uma máquina inútil naquela desgraceira toda. Como o ferimento do pai de Heitor, o telefone não tinha conserto. Já não havia mais o que fazer, só esperar por ajuda, porém já devia ser tarde demais. Desapontado, ele ficou em silêncio, apenas pensando que falhou e voltou para sua terra para ver o pai morrer. Não conseguia sentir mais raiva daquele lugar, só um misto de medo e paralisia.

Pela terceira vez Ivana pediu por ajuda. Em choque Heitor não respondeu. Só deu sinal de vida quando ela, desesperada, atirou um tijolo na cara dele. Ela pedia para ser carregada para um lugar onde pudesse ser ajudada, estava com muito medo de perder a perna e não poder andar mais. Dizia que sua família precisava dela, não podia deixar de trabalhar.

Heitor se levantou, mandou ela se virar sozinha e saiu caminhando. Mesmo com os berros e xingamentos de Ivana, ele não voltou e continuou a andar no escuro. Confrontado com o medo e o desespero, ele resolveu devolver na mesma moeda.

A segunda ação feita foi visitar as casas das pessoas mais ricas de Barro Roxo. Acertou na mosca. O terremoto não as pouparam também. Os casarões antigos de vários cômodos estavam em ruínas. Ele não teve pudores, foi entrando onde era possível enxergar um pouco e começou a pilhagem. Encontrou dinheiro, jóias e armas, coisas que nem um terremoto tinha conseguido destruir. Isso é o que valia a pena agora, ele pensava. Encheu uma mala que achou nos destroços com todos os tesouros malditos do tremor.

Havia também alguns feridos nas casas dos ricos, ele não sabia dizer se os donos ou os empregados. Quem tinha força para reagir aos roubos morreu baleado ou na falta de munição com pedradas mesmo. Foram quase duas horas vasculhando as ruínas. Cansado e sujo, Heitor sentou-se perto da luz de um incêndio para tomar fôlego.

Pensava na nova vida que teria a partir daquele momento. Mudaria para a capital, curtiria grandes farras com um pouco do dinheiro que coletou e usaria o resto para estudar ou montar algum negócio. Depois, mandaria buscar sua mãe quando estivesse com uma renda boa.

Para não deixar suspeitas foi embora da cidade naquela noite mesmo. Retornou até o ônibus em que viera para a cidade. Entrou, sentou-se numa poltrona e dormiu até de manhãzinha, quando uma equipe de socorro do governo apareceu. Foi medicado nas mãos que fuçaram os escombros e no rosto que levou uma pedrada. Tomou café quentinho e falou sobre a tristeza que viu na cidade.

Perto da hora do almoço um transporte o levou para uma cidade pouco atingida pelos tremores. Passou a noite em um hotel. No dia seguinte foi morar na capital onde vive até hoje como cidadão respeitado e feliz.

E-mail: reichaves@hotmail.com

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