Decadência – Texto de Dudu Oliva

No final da tarde os corredores fedem a mijo; os livros da biblioteca são consumidos por traças e cupins. Quando a noite chega, muitos se apressam para ir embora: a escuridão do campus dá medo, lâmpadas não funcionam, o prédio inacabado se parece com ruínas. Às vezes, quando venta, seu ruído compõe ainda mais o cenário deprimente - mesas e cadeiras quebradas, ora pelo tempo, ora por vândalos; às seis horas da tarde, a faculdade se transforma num cemitério, cenário angustiante que se diluiu no cotidiano e que não choca mais ninguém.

E-mail: dudu.oliva@uol.com.br

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